quinta-feira, 24 de maio de 2012

Maria, saúde dos enfermos



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Dois títulos de Nossa Senhora podemos associar e
invocar para meditarmos sobre o tema proposto para
este dia com Maria.

Um a ela foi dado por antiga devoção iniciada em
Portugal no verão de 1569. E, que fato provocou o
povo a voltar-se para a Mãe de Deus como a única
pessoa capaz de ser a portadora da Graça de Deus
a quem já desesperava por não ver mais os homens
como capazes para debelar a crise que chegou ao
clímax?

Naquela época, chegara a Peste Negra que, desde
o século XIV, com surtos violentos, tornou-se uma
feroz epidemia que levou à morte muitos milhares
de pessoas na Europa e, em Portugal, também não
deixou por menos.

O jovem rei D. Sebastião percebeu que, apesar
dos esforços realizados, os médicos portugueses
eram poucos para tão grande número de pessoas
contagiadas e solicitou auxílio à Espanha para
debelar o mal. Foi grande o trabalho realizado, mas
as providências, na visão do povo, não estavam
mostrando progresso.

Incentivados pelos Bispos locais, os padres
organizaram procissões de penitência; Nossa
Senhora foi eleita padroeira dos doentes, dos
recuperados e dos que ainda estavam sãos: deram-
lhe o título de Nossa Senhora da Saúde

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Em 1570, verificada a redução do número de mortes
e dos casos de contágio, o fato foi creditado às
graças alcançadas pela intercessão da Virgem
Maria. Escolheu-se, então, a data de 20/04/1570
para agradecer a Deus as graças recebidas através
de Maria.

Mas a devoção só tomou força em 1745, segundo
alguns, após a aparição da Virgem Santíssima a
uma jovenzinha, pastora, de nome Saudel, muito
pobre, a quem a Virgem solicitou a construção de
uma capela em honra de Nossa Senhora da Saúde.
Sua imagem representa a Virgem Santíssima com o
Menino ao colo, sobre um globo, no qual predomina
a água, onde há uma criança se banhando, prática
adotada pelos fiéis que, para curar os doentes
usavam (e ainda usam) as águas que brotam, até
hoje, embaixo da Capela, juntando a cura à água.

Outro título importante de Maria é o de Nossa
Senhora das Graças, devoção que se firmou após
as aparições, em 1830, que aconteceram à noviça
Catarina de Labouré, das Irmãs de Caridade, de
Paris. Na última aparição recebeu a instrução de
cunhar uma medalha como aparecia na visão –
hoje assim a conhecemos – a Medalha Milagrosa, e
ainda a promessa de que quem a usasse receberia
grandes graças: dois títulos, a mesma Senhora, o
mesmo e único Deus. Por ser reconhecida como
a despenseira das abundantes Graças divinas,
a Medianeira de todas as Graças, foi também
chamada da Tesoureira de Deus.

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A atualidade dessas devoções, tão intimamente
ligadas, se expressa no tema da Campanha da
Fraternidade deste ano de 2012, vinculado à Saúde
Pública.

Naquele longínquo século XIV, quando a Peste
Negra trouxe todos os seus horrores, e no
século XVI, quando atingiu Portugal, as causas
fundamentais daquele mal e da rápida propagação
foram exatamente a deficiência das ações de saúde
pública da época, a ignorância sobre a doença e a
forma de combatê-la.

Mas para nós, homens e mulheres de fé, nosso
olhar sobre aquele fato – e também sobre tantos
outros – quer reconhecer muito além do porquê;
quer saber do para quê; deve abrir-se para buscar
as lições que Deus – aquele que sabe extrair do mal
o bem – quer, mediante fatos naturais e pessoas,
mostrar como a Providência concorre para governar
o mundo. É dessa maneira que Deus opera tudo em
todos; por isso devemos entender que somos seus
instrumentos e sinais.

Na Quinta-feira Santa, o primeiro dia do Tríduo
Pascal, ao iniciarmos as celebrações da Páscoa
do Senhor, para anunciar sua Ressurreição,
usamos o cântico do Exultet, que fala, em uma
de suas estrofes, da “feliz culpa” do homem que
desobedeceu a Deus e, no seu egoísmo e soberba,
introduziu o Pecado no mundo.

E por que “feliz culpa”?

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Na verdade, o autor do cântico, como a Igreja,
também compreendeu, quis lembrar que sem
essa “feliz culpa” – ainda que maldita – os mistérios
da Encarnação e da Redenção, próprios da
economia da salvação, da libertação dos pecados,
não existiriam e não teriam sentido. Jesus, o
Cristo de Deus, não teria a Missão de, assumindo
nossa humanidade na Encarnação, resgatar-nos,
assumindo – como profetizado por Isaías nos
cânticos do Servo de Javé – a remissão de nossos
pecados; estaria dispensado de resgatar-nos para
Deus; não renovaria a Criação nem ofereceria
novamente a salvação a todos sem exceção; Maria
teria continuado sua vida anônima, não teria uma
conceição imaculada. Nós não estaríamos aqui a
louvá-la por seu Fiat.

Outras ações a Providência divina realizou e realiza
de menor alcance, mais localizadas, específicas,
mas todas da mesma natureza, no sentido de
conduzir homens e mulheres, individualmente ou
como comunidade, para a libertação dos pecados,
para a salvação, para a vida eterna.

Podemos, portanto, dizer feliz Peste Negra que
demonstrou o grau do valor de Maria Santíssima que
agiu para expor o poder de Deus na cura dos males
do corpo e da alma e se coloca, solidariamente,
também preocupada com a saúde de todos e como
Medianeira de todas as abundantes Graças que,
pela ação do Espírito Santo de Deus, chegam aos
homens e mulheres para apontar soluções.

5

No Livro das Revelações 12, 1, o autor vê uma
figura como de uma mulher revestida de sol e
embaixo de seus pés a lua; na sua cabeça uma
coroa de doze estrelas. Que significará?

Pará nós representa, ao mesmo tempo, Maria e a
Igreja, porque ambas estão no mundo (representado
pelos elementos do Universo) revestidas de Deus (o
sol), refletindo, como farol, a presença de Deus no
Mundo; ambas são instrumentos do poder de Deus
sobre o mal e a maldade (a lua), poder que domina o
mal e dele extrai o bem.

A morte do pecado não prevalecerá para quem
tem fé, porque Maria, a cheia de graça, concebida
imaculada do pecado original, oferece, a quem
desejar, sua intercessão valorosa e valiosa. Através
da luz que reflete como espelho, dirige os raios da
Graça para a cura do corpo e, principalmente, da
alma. Mostra o Caminho que leva todos os povos,
representados pelas doze coroas, à Verdade e à
Vida.

Maria é exemplo para realizarmos nossa inserção na
Cruz de Cristo. Essa inserção não significa somente
o sofrimento em si, mas identifica no sofrimento o
despertar para o amor, para a solidariedade, para
a tolerância, para a reflexão sobre as carências
do próximo. Ao sofrer junto à Cruz de seu Filho,
demonstrou coragem, fortaleza, fé e discernimento
para inserir-se na Cruz; mais ainda: tomou-a como
sua cruz. Saibamos, olhando para Maria Santíssima,
ver na Cruz de Cristo o refúgio e a fonte da vida.

Autor: Diácono Jayme Lopes do Couto


domingo, 20 de maio de 2012

Capacitação para Catequistas: Mês Mariano

Em Maio foi oferecido aos Catequistas uma capacitação específica sobre Nossa Senhora!








Enfeite para colocar na geladeira com mensagem!


Oratório de papel!


Caixinha de segredo...
1ª  tentativa...



2ª tentativa...



3ª tentaiva...




4ª tentativa...
Padre Mauro chegou e tentou abrir a caixinha mágica Pataxó!




Padre Mauro enquanto tentava abrir a caixinha, conversou sobre Nossa Senhora e não podíamos perder esta oportunidade!




No segundo encontro, houve muita emoção!




Um dos títulos de Nossa Senhora: Nossa Senhora Aparecida!






Painel sobre mulheres...




Uma forma diferente de rezar Ave Maria!
Com corações...


Com pétalas de uma flor!



Dinâmica da flor, aprendi com Irmã Biásia, quando fiz Crisma...
Quanto tempo...
Descubra a Nossa Senhora que está na flor!



Uma flor para as flores do jardim da Catequese!


O restante das fotos serão postadas depois... Aguardem!

Capacitação para Catequistas

Desde de Abril/2012, estão acontecendo no Instituto Bíblico Pastoral Redemptoris Mater capacitações para Catequistas, são dois encontros por mês.
Nos dias 06 e 13 de Junho os temas abaixo serão apresentados aos catequistas para desenvolvermos algumas atividades para serem trabalhados em suas Catequeses:

A Catequese e a Bíblia
Ano Litúrgico
Sinais e gestos litúrgicos
Oração na Catequese




É uma oportunidade de atualização para os Catequistas!