sábado, 18 de agosto de 2012

Curso livre para Catequistas


Novas inscrições para o mês de Setembro, faça a sua inscrição e venha partilhar momentos de conhecimentos!





Ao tirar o espinho, cante:
" Quando magoei o meu irmão, fui pra longe de Ti..."

Em seguida tire uma pétala, para simbolizar alegria:
"Abençoa, a família amém..."





Na hora do intervalo, além de saborearmos um lanche delicioso, é hora da confraternização com os alunos do curso de Teologia e educadores!




Procurem a Lúcia, secretária do Instituto...
Faça sua inscrição!










Dominó de parede....


Lembrancinha para as participantes!



O Relicário de Nossa Senhora de Fátima esteve no Instituto assim que chegou em nossa cidade, fez algumas visitas em algumas casas e institutições, depois de três meses, chegou a hora de ir embora...
E justamente no dia 15 de Agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, com uma chuva abençoada, o Relicário esteve presente no Instituto, no dia do curso para Catequistas, no mês das Vocações... e no final do mês... Dia do Catequista!
Muitas bençãos!
Nossa Senhora esteja presente na vida de todos os participantes deste curso!


AS ALIANÇAS E A ALIANÇA

Diácono Jayme Lopes do Couto



Entre os Israelitas, berit (aliança, juramento, pacto, contrato, testamento) é a instituição que
regula todos os direitos e deveres entre duas partes. A berit traz a paz (ṧālõm = shalom ), isto
é, o bem-estar, integridade, prosperidade, proteção plenitude da pessoa e de tudo o que lhe
pertence.
Tal relação poderia ocorrer entre pessoas de mesmo sangue (o clã ou a tribo) – os “da mesma
carne e dos mesmos ossos” (Gn 2,23; 29,14) – entre pessoas não aparentadas (1 Sm 18, 1-4) e
com a divindade (Dt 5, 1-21).
A aliança era concluída sob o juramento de ser respeitada e os contratantes arroataria com
todas as consequências. Para garantir a não violação do juramento, pronunciavam-se, a título
de sanção, maldições que recairiam sobre quem a transgredisse.
Geralmente se tomava YHWH como testemunha (2 Sm 21,7). Por estar sob a proteção e
guarda da divindade (1 Sm 20, 14-17.23), a aliança era sempre considerada como sagrada. O
descumprimento de alguma cláusula acarretaria a ação punitiva por esse guardião contra o
transgressor (Gn 3, 14-19.23; Am 1,9s).
Entre as populações mais antigas, esse juramento era selado com troca de sangue entre
os contratante do pacto. O ritual consistia em beber o sangue um do outro ou os sangues
misturados de cada um, ou imergindo as mãos em bacia cheia de sangue.
O sangue era considerado a sede da vida, a alma; a troca ou mistura de sangues passava a
simbolizar a comunhão, a união das almas. O comprometimento entre as partes, provocado
pela consanguinidade artificial assim conseguida.
Mais tarde, esse rito foi substituído pelo sacrifício de animais, oferecidos à divindade, os
quais eram divididos em duas partes, que os pactuantes passavam entre elas, pronunciando
fórmulas imprecatórias. Significava que os contratantes aceitavam, caso desobedecessem os
termos da aliança, a mesma sorte dos animais sacrificados. Ai final cada um dos indivíduos
consumia uma metade da vítima.
Complementava-se o rito com o plantio de uma árvore (Gn 21,33) a implantação de uma
estela de pedras (Gn 31, 43ss) , como “memorial” ou testemunho do pacto ou depositavam-se
fórmulas escritas em lugares sagrados, uma espécie de ordália1.
Às vezes, o banquete era a ocasião em que se selavam as alianças (Gn 26, 26-30; 2Sm 3,20s)
e neles o sal era indispensável como elemento que simbolizava a perenidade do pacto. Ritos
mais simplificados consistiam em um aperto de mão ou em presentear um ao outro (Gn
21,27.30) ou trocar vestes e armas (1 Sm 18,4) .
Deve-se ainda referir à aliança implícita entre o chefe do clã ou da tribo em relação ao seu
povo ou do pai em relação à família. Era o que se denominava em Israel o gō’êl (Lv 25,25),
Ordália – anglo-saxão ordeal – é um julgamento a que a divindade é chamada a pronunciar-se sobre a
inocência ou não de uma pessoa suspeita, mediante uma prova física a que tal ,pessoa deve submeter-
se. Em Nm 5, 11-31, tem-se um exemplo de ordália. É prática antiga que persistiu muito popular até
mesmo após a Idade Média.
1
aquele a quem competia, entre outros deveres, resgatar pessoas ou bens que tivessem caído
em mãos inimigas (Lv 25, 35.39s.47ss).
Ora, Israel se considerava o povo eleito de Deus, pois o próprio ‘Ĕlōhîm lhe enviara o seguinte
recado através de Moisés: “Assim dirás à casa de Jacó e declararás aos filhos de Israel: Vós
mesmos vistes o que fiz aos egípcios e como vos carreguei sobre as asas da águia e vos trouxe
a mim. Agora, se ouvires a minha voz e guardadas a minha aliança, sereis para mim uma
propriedade peculiar entre todos os povos, porque toda a terra é minha. Vós sereis para mim
um reino de sacerdotes e u7ma nação santa. Estas são as palavras que dirás aos filhos de
Israel”(Ex 19, 3c-6). Deus, portanto era o gō’êl (Resgatador ou Redentor) daquele povo. Por seu
turno, Israel deveria atuar como o missionário que converteria os outros povos para YHWH.
Israel se utiliza do conceito de berit para demonstrar seu especial relacionamento com o
Senhor Deus: é o povo eleito, o povo da aliança., porque a aliança é irrevogável e irretratável,
julga que sus subsistência e salvação estão garantidos.
AS ANTIGAS ALIANÇAS
O Deus da revelação é também o Deus da Aliança. Os pactos de YHWH com o povo de Israel
sempre foram de iniciativa do Senhor e caracterizam-se por trazerem Graças, promessas e, rm
contrapartida, exigem obrigações e deveres que, longe de significarem trocas compensatórias
querem ser condições que facilitem o diálogo, querem levar os homens à comunhão com
ele, apontar-lhes caminhos de libertação dos pecados. Portanto, a aliança está inserida no
economia da historia salutis, como ação característica e própria de Deus. Assim é a Graça: ação
salvífica.
Todas as alianças pactuadas no Antigo Testamento são alianças parciais e serviram à
pedagogia divina para preparar o povo eleito para a vinda do Ungido, do Messias, aquele que
levaria tais alianças à plenitude.
Podem-se distinguir, na redação da fonte sacerdotal 2do Pentateuco, quatro0 grandes
períodos: de Adão a Noé, de Noé a Abraão, de Abraão a Moisés e de Moisés a Josué.
A primeira Aliança foi pactuada entre Deus e o primeiro homem, Adão, no momento da
criação, quando YHWH estabelece as condições de vida do homem, abençoa-o e o chama ao
diálogo trinitário (Gn 1,26-2,3. A redação javista3 confirma o evento: após criar o homem (Gn
2,7), YHWH estabelece as condições de vida e as regras de relacionamento entre o homem e a
natureza e em ter o homem e ele próprio (Gn 2, 8-25 e o chama ao seu convívio (Gn 2,15) Esta
foi a primeira aliança que Deus tomou a iniciativa de apresentar ao homem, quebrada através
do pecado original originante, de consequências desastrosa para a humanidade (Gn 3).
A segunda aliança foi proposta a Noé (Gn 6,13-22; 9, 1-17), portadora, tanto quanto a
primeira, de caráter cósmico (o dilúvio sobre a terra, objeto de várias lendas cosmogônicas dos
povos mesopotâmicos), culmina esse período e garante a continuidade da vida sobre a terra
após a catástrofe climática.
2
A fonte sacerdotal ou fonte P se caracteriza por conter principalmente leis, normas e diretrizes sobre
moral e costumes. A autoria é atribuída a sacerdotes do Templo que receberam a tradição oral e a
colocaram por escrito em torno do século IX/X a.C.
3 A fonte javista ou J caracteriza-se por empregar o termo YHWH como o nome de Deus, por utilizar-
se frequentemente dos antropomorfismos, isto é, por apresentar Deus agindo como se homem fosse,
numa linguagem mais poética e adotar uma postura religiosa mais primitiva e conservadora.
A terceira aliança, realizada com Abraâo (Gn17) foi sucessivamente proposta à sua
descendência e com ela renovada: com Isaac (Gn 26, 1ss) e com Jacó (Gn 28, 13ss), conforme
foi referido a Moisés pelo próprio YHWH (Ex 6, 2ss). Na versão javista (Gn 15) a aliança é
apresentada sob o ritual antigo (Gn 15, 17) Suas cláusulas são fundamentalmente as mesmas
informadas pela fonte sacerdotal (Gn 17). Nesta última, ficou renovada a anterior (explicitada
em Gn 15) e garantidas as relações com a descendência de Abraão e Israel (Jacó) Assi9m se
encerra o segundo período.
A quarta aliança, no Sinai, desenvolveu-se em duas etapas: a primeira (Ex 20-31), antes do
episódio do bezerro de ouro, após Moisés ter relatado os acontecimentos e transmitido todas
as palavras e leis (Ex 20,22-23,19)), foram tomadas providências para selar a aliança, incluída
a leitura das tábuas e do Livro da Aliança (Ex 23, 20-24,18). Em seguida foi pronunciada a
promessa de fidelidade a YHWH (Ex 24, 3ss) e procedida a aspersão de sangue das vítimas
sacrificais sobre o povo à medida que a formula era pronunciada (Ex 24, 6ss). Como nos ritos
antigos a aliança foi comemorada com um banquete (Ex 24, 10s).
O episódio do bezerro de ouro – por desleixo e incompetência de Aarão – irritaram Moisés
tão profundamente que quebrou as tábuas onde foram escritas as cláusulas, mas intercedeu a
Deus por aquele povo impaciente e de cabeça dura (Ex 32).
A segunda etapa (Ex 34, 1-28) exigiu os mesmos procedimentos anteriores acrescentado de
um episódio marcante: a resplandecência do rosto de Moisés (Ex 34, 29-35), considerada como
reflexo da glória do Senhor.
Essa segunda etapa encerra o terceiro período e se caracterizou por sua dimensão vertical – o
estabelecimento de condições de relacionamento entre as tribos de Israel e o Senhor Deus –
e a horizontal , porque fixou regras para a convivência das tribos israelitas e os outros povos.
Sem dúvida, houve uma ampliação de objetivos, embora continuasse uma aliança parcial.
Nota-se que o povo judeu já passa a apresentar duas características importantes: a evolução
para o monoteísmo4 e para a nacionalidade.
Foi a aliança que começou a formar uma consciência comunitária, de solidariedade mútua
entre as tribos que ao longo do tempo frutificou para um nacionalismo judaico, geratriz
do desparecimento das tribos no judaísmo tardio. Nesse momento também se formava a
consciência de pertença ao Deu único, de povo eleito, de nação santa, a quem fora atribuída
a missão de converter outros povos ao Deus Único, o que dá dimensão universal à religião
instituída por YHWH.
Foi esta aliança que revelou o aspecto essencial do plano de salvação: reunir e unir os homens
em uma comunidade cultual (Ex 19,6) regido por sua lei, dedicada a seu serviço.
A quinta aliança, foi proposta por Deus a Josué, em Siquém e fecha o quarto período histórico
das alianças. Josué reuniu as tribos israelitas em Siquém (Js 24, 1) além de outras que a
elas se agregaram. Todos os convidados se postaram na presença de Josué, que pretendia
iniciar uma ,00000000000etapa fundamental: estava disposto a cumprir o que o Senhor
4
Monoteísmo é a prática religiosa que reconhece e adora um só Deus, excluindo a possibilidade da
existência de outros deuses ou entidades divinas. Observe-se que o povo israelita, até aquele momento,
na verdade, praticava uma monolatria, ou seja, como o henoteismo, apesar de adorar um só Deus,
reconhece a existência de outros deuses como verdadeiros. O que Moisés tentava implantar era um
monoteísmo, mas que somente foi alcançado bem mais à frente. De qualquer forma, o momento do
Sinai marcou o início dessa evolução, pois naquele momento passou a existir um grupo de monoteístas
puros que procuravam modificar a religiosidade popular.
Deus determinara no sentido de ocupar a Terra Prometida me invocou a presença de YHWH.
Assim dispostos na presença de Deus, Josué após discurso inflamado, apresentou a questão
fundamental: a quem queriam eles servir? Ele próprio e sua casa serviriam a YHWH; naquele
momento todos deveriam decidir-se a quem se dispunham a servir (Js 24, 14s): a Deus ou a
outras divindades?
Ao declararem que se dedicariam a YHWH, em oposição aos deuses pagãos, Josué confirmou
a aliança escrevendo essas palavras no Livro de Deus e erguendo uma estela (Js 24, 25ss).
Nesse momento, Josué consolida a “federação de tribos” israelitas, unidas na Arca da Aliança,
construída segundo determinação do Senhor Deus dadas a Moisés no Sinai (Ex25,10-16) e
assistido pelo próprio Josué, então lugar-tenente do profeta (Ex 32, 17; 33, 11). Moisés, ao
morrer, impôs as mãos sobre Josué, determinando, dessa forma que ele fosse seu sucessor na
liderança daquele povo (Dt 34,9).
Desse ponto em diante, as alianças que se fizeram sob a fase dos profetas (desde a monarquia
até o evento Cristo) podem ser analisadas sob dois ângulos:
a) o do chamado ao aprofundamento da antiga aliança que valeu até o exílio e
b) o que contempla a promessa de uma nova e definitiva aliança, que
compreende o período do exílio até Cristo.
É no profetismo que se desenvolve o messianismo. É com davi que, pela boca do profeta Natã,
o Senhor Deus efetuou uma aliança importante, pois acrescenta às alianças realizadas até
então, a cláusula da perenidade do trono de Davi (2 Sm 7, 12-17). O tipo de relação entre o
Senhor Deus e o rei de enche de intimidade e de amor (o Senhor Deus se declara como um pai,
cfe. 2 Sm 7,14), dentro do mesmo espírito de Ex 4,22 e Os, 11,1.
Mas, a partir daí, os profetas entram em rota de colisão com os reis e o povo. Passam a acusa-
los de terem transformado a aliança em uma espécie de “seguro”, face à ideia de que a
aliança – levada ao extremo – por ser irrevogável e irretratável, daria a certeza da salvação,
independentemente do comprometimento e da fidelidade em relação à Lei e à justiça (Am 3,1;
5, 18ss; Os 6,6ss; Is 1,11-17; Jr 7; Mq 6,6ss; Sl 50)
Passam a anunciar catástrofes para o povo pecador, infiel às antigas alianças e muito mais
confiante nas capacidades próprias que na Providência divina (Os 8,1ss; Is 24, 6ss; Am 9,7-10).
Querem, por outro lado, mostrar, à luz das experiências humanas mais expressivas, que Deus
é pai (Is 1, 2; Os 11, 1-4, é mãe (Is 49, 1-4ss), é pastor (Ez 34,11-16, é esposo traído, mas fiel
(Os 2, 4-22).
É nessa época que Israel se vê aniquilado e posto em exílio na Babilônia. O pacto foi rompido,
não por iniciativa de Deus. É como se fosse um casamento desfeito (Ex 16, 15-43). Logo, a
consequência das transgressões à Aliança levaram Israel a conviver com religiões pagãs, a
abdicar da liberdade de culto.
O plano de Deus, contudo, não se alterou por causa das quedas do povo eleito: sempre após
uma das quedas a misericórdia de Deus provocava a recuperação e nova aliança era firmada.
Deus é fiel a si mesmo e às suas promessas.
O que ele quer é a regeneração do filho. É o próprio YHWH, pela boca do profeta Jeremias,
que anuncia essa nova aliança (Jr 31, 31ss). Essa segunda linha de pensamento profético se
inicia na época do exílio, como renovação das esperanças de que os tempos messiânicos se
aproximavam e certamente viriam. Os profetas dessa época - e foram muitos – queriam
levantar o ânimo de um povo que se sentia abatido pelo que lhes sucedera.
Após cerca se setenta anos de cativeiro, Neemias conseguiu, com a ajuda de Esdras e de
muitos que voltaram de Babilônia, mais o “resto” de Israel que permanecera em Jerusalém,
levantar novo templo.
É o início da regeneração: quando deu por acabada a reinstalação da ci9dade, Neemias tomou
a providência de ler o Livro da Lei (o que foi feito por Esdras), exortou o povo a reconhecer
YHWH como o Deus, não só verbalmente (Ne 8, mas também por escrito (Ne 10) e ainda
mandou realizar cerimônia expiatória de purificação (Ne 9). Para muitos, isto equivaleu ao
restabelecimento do pacto com YHWH. Ficava, assim, iniciado o longo caminho de retomada
da aliança.
O profeta Ezequiel (ele também um exilado?) prevê um novo pastor (Ex 34, 23-31) e uma
radical modificação no espírito do povo, em função da nova aliança que seria proposta (Ez 36,
26-29a).
O Deutero-Isaías retoma o tema da esposa abandonada para prometer, movido pelo amor,
uma aliança indestrutível e definitiva (Is 54, 1-10; 55, 3). Tão grande é esse amor que o
mentor dessa aliança é o próprio Servo de YHWH (Is 42, 1-6; 49, 6), aquele desprezado e
abnadonado pelos homens, rejeitado pelos seus parentes, que morrerá espezinhado pelas
nossa iniquidades que assumiu para resgatar-nos (Is 53).
A ALIANÇA
Essa Aliança. Anunciada pelos profetas, atinge a plenitude no Senhor Jesus, o Servo de YHWH,
que se estabelece como artífice, mediador, vítima e resgate para que uma Nova Aliança eterna
e definitiva seja pactuada com o Pai. Por conseguinte, Cristo é, em si mesmo a Aliança Nova e
Eterna.
Podem-se distinguir quatro eventos importantes – na verdade quatro Mistérios principais da
religião católica – na elaboração do novo pacto: a encarnação do Verbo de Deus, a instituição
da Eucaristia, a Paixão e Morte (aqui implicado o Resgate) e a Ressurreição de Jesus Cristo,
expressão de sua Glória, a Vitória sobre a Morte (=pecado).
A Encarnação do Verbo do Pai, unindo à sua natureza divina a natureza humana, uma vez
por todas, implica o Filho, inexoravelmente à miséria humana. S. Paulo muito claramente
mostrou esse rebaixamento (Fl 2, 6-11) de Cristo Jesus que, melhor do que ninguém, expressa
a miserabilidade do homem mediante o Servo de YHWH do profeta Isaías.
A instituição da Eucaristia simboliza, por ser o sacramento central e mais representativo
de todos os sacramentos, a vontade do Pai em estabelecer canais da Graça que atingirá
aqueles que aderirem à Aliança. Essa instituição resume e simboliza a própria Aliança, se
apresenta como o memorial (“fazei isto em memória de mim”) do resgate, do sacrifício: ela
é a própria Aliança, porque nenhum dos elementos da aliança lhe falta, conforme descritos
anteriormente.
A Paixão e a Morte do Cristo cumprem a profecia do Servo de YHWH (Is 53) e o coloca como
vítima sacrifical e como resgate do povo de quem o Pai é o gō’êl.
A ressurreição é o esplendor da glória da Nova Aliança, a garantia de que a Morte (o Pecado)
foi vencida e de que a Aliança será mantida definitiva e eternamente.
Se assim é, o que distingue a Nova Aliança das outras antigas alianças?
Sem dúvida, as antigas alianças, tanto quanto a Nova caracterizam-se pela fidelidade, pela
justiça e pelo amor.
Fidelidade implica solidez, durabilidade, segurança, confiança. Deus é a rocha que se mantém
firme: é imutável, dá apoio; quando solicitado protege e socorre (Sl 62, 6ss).
Justiça traz a equidade, a ordem, a paz. No sentido corrente expressa o conceito de dar a cada
um o que lhe é devido. No texto hebraico é empregado o termo tsedeq que, aplicado a Deus
indica que ele é o distribuidor da justiça, absolutamente fiel a si e às suas promessa, coerente
nas ações e palavras, veraz.
Amor, no sentido de que tudo pode e jamais passará (1 Cor 13, 8). Nos textos do AT a palavra
hebraica hesed é sempre empregada para indicar o relacionamento entre Deus e o homem.
Refere-se às entranhas do indivíduo (principalmente da mulher) o que está no mais íntimo do
indivíduo e significa o afeto, a bondade, a fidelidade, o favor, a graça (de Deus), a compaixão
que cimentam a solidariedade do clã, concretizada na responsabilidade mútua (na graça e na
desgraça), expressa, por exemplo, na função do gō’êl. Pode ser entendia como misericórdia ou
amor gratuito, da livre iniciativa de Deus (agápe).
A diferença está, portanto na qualidade da Aliança: “De fato, se a primeira aliança fora sem
defeito, não se trataria de substituí-la por uma segunda” ((Hb 8,7).
Na primeira aliança, a transgressão, o pecado do homem, foi introduzido no mundo e por meio
dele a morte (Rm 5, 12); na Nova, o Cristo traz a vida ( Rm 5,18)
As renovações seguintes, segundo o testemunho dos profetas, se tornaram necessárias,
porque o homem sempre voltava a quebrar a palavra dada. Lembre-se, por exemplo, na
Aliança do Sinai, enquanto Moisés dialogava com o Senhor Deus sobre o pacto, o povo se
voltava para deuses pagãos, elegendo um bezerro de ouro como seu ídolo. Na Nova, já não é
um homem comum que dialoga com Deus, mas seu próprio Filho com suas duas naturezas, a
divina e a humana.
Se nas antigas alianças a Lei era o fundamento, na Nova, livres da Lei, livres em Cristo jesus
(Rm 7, 6) os cristãos já não agem em função da letra, mas do Espírito de Cristo (Rm 8, 2s).
Observe-se , com Cantalamessa, que a Aliança do Sinai realizou-se cinquenta dias depois da
Páscoa (Ex 19,1s), início da festa de Pentecostes, ao final da qual Lucas descreve a efusão do
Espírito Santo sobre aquela pequena Igreja reunida no cenáculo, com traços equivalentes aos
da teofania do Sinai (At (2, 1-4) Nada mais correto que vincular a Nova Aliança, a Nova Lei, à
Graça do Espírito Santo.
Essa presença do Espírito Santo de Deus sobre aquelas 120 pessoas (entre as quais a Virgem
Maria) quer indicar que a Nova Aliança, instituída e comemorada na Santya Ceia é lei esíritual
e selou definitiva eternamente esse pacto e consagra – da mesma forma que em Ex 19, 6) – o
povo régio e sacerdotal que constituía a Igreja de Jesus Cristo (as 12 tribos perfeitas de Israel,
o “pequeno resto”, representadas pelo número 120 = 12 x 10): os sacerdotes comuns não
ordenados, os leigos e os ordenados vivos ou mortos.
Essa lei, engendrada eternamente, cujo artífice assumiu a humanidade, não mais está escrita
nas tábuas, mas no coração de cada um dos irmãos do artífice (Ez 36, 26s). Não mais é uma
aliança na letra, mas no Espírito (2 Cor 3, 6).
O mediador, nas antigas alianças, sempre foi um homem; na Nova Aliança é aquele a quem o
Pai chamou de Filho, é o Sumo Sacerdote, aquele sacerdote para sempre, segundo0 a ordem
de Melquisedec”, que ab-rogou a Lei (Hb 7, 18). Ele é o sacerdote perfeito que não precisa
oferecer sacrifícios expiatórios nem por si nem pelo povo, pois ele é a própria vítima imolada
uma vez por todas (Hb 7, 27s).
O Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, se ofereceu livre e espontaneamente como vítima do
sacrifício, para que, por seu sangue, se selasse a Nova Aliança. Por sua perfeição, esse sacrifício
foi realizado uma vez por todas: é irrepetível. Prescinde de qualquer outro (Hb 10,1-18). A
Aliança está definitivamente selada.
Ele se ofereceu como resgate pelas transgressões praticadas por toda a humanidade (em
favor de muitos), tal qual o Servo de YHWH (Is 53), pois essa era a missão de que foi incumbido
pelo Pai (Jo 17,18). Apesar de todo o sentimento de abandono, a vontade do Pai era de tal
ordem vital para ele (Jo 4, 34) que se entregou totalmente para estabelecer a Nova Aliança,
mesmo que isto significasse tornar-se o resgate.
É o conceito próprio do gō’êl, que, mesmo à custa de sua vida, se atira ao combate para
proteger seu povo e dar-lhe a liberdade da morte do pecado. Ele garantiu, de modo novo,
ao seu povo, o acesso à Graça divina, através da qual restabeleceu o diálogo trinitário,
desprezado pelos primeiros pais.
Este fato nos encaminha para a dimensão escatológica da Nova Aliança, pois a Eucaristia nos
projeta na Parusia, mas, ao mesmo tempo, nos mantém no tempo presente, no sentido de que
a conversão deve ser aqui e agora, mas só será plena no Dia do Senhor.

sábado, 4 de agosto de 2012

Objetivos e funcionamento do Concílio Vaticano II


 
1. Os grandes objetivos do Concílio: Ao convocar o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII tinha em mente que seu objetivo seria “aggiornare la Chiesa”, atualizar, ajudar a Igreja ser mais conforme ao que Jesus Cristo dela quer e a estar inserida no contexto do mundo contemporâneo cumprindo, da melhor maneira possível, sua missão de evangelizar. Aos poucos ele explicitou este objetivo:
- renovar a Igreja em si mesma a partir do Evangelho
- revigorar a vida de fé, a vida moral e apostólica de todos os membros da Igreja.
- tornar a fé católica mais expressiva no coração do mundo contemporâneo.
- estudar as mudanças culturais do mundo moderno à luz da Revelação Divina
- realizar profunda renovação das estruturas organizativas da Igreja e de suas mediações operacionais para melhor atuar em benefício de seus membros (liturgia, leitura da Palavra de Deus, Formação dos presbíteros, organização renovada das Dioceses e Paróquias, renovação da vida consagrada, adaptação da disciplina esclesiástica às necessidades e oportunidades de nosso tempo...); e também renovar a Igreja em favor de sua ação externa na evangelização e transformação do mundo (conhecer o mundo de hoje não para condená-lo, mas com ele dialogar e com ele e nele atuar de modo eficaz em prol da felicidade do ser humano).
2. Um gigantesco trabalho. Para cumprir os grandes objetivos do Concílio seus organizadores tiveram que reajustar todo o plano de trabalho proposto. Os documentos previamente elaborados destinavam-se a facilitar o diálogo e as votações e não exigir um tempo longo aos membros do Concílio (os padres conciliares). Mas o inesperado aconteceu. Todos os documentos prontos foram rejeitados. Os padres conciliares, mais de 2.500, queriam produzir o pensamento conciliar. Foi um gesto corajoso, resultado de leituras diferentes das grandes propostas do Papa, com ênfase na atenção às origens da Igreja, à realidade do mundo em mudança e ao futuro. Esta mudança de rumo exigiu outros processos metodológicos, outra organização do Concílio, com nova escolha dos temas, nova formação de grupos de estudo e nova proposta de prazos. A tarefa prioritária consistia agora em um reestudo sobre a própria razão de ser da Igreja, de seu funcionamento na história e de sua missão no mundo em constante mudança. Este estudo implicou uma volta às Sagradas Escrituras, à pessoa, mensagem e missão de Jesus, à Igreja primitiva e aos grandes dogmas que configuraram os elementos fundamentais da fé cristã, assim como da organização da Igreja e de sua compreensão da missão. Mas a tarefa do Concílio exigiu-lhe, também, um debruçar-se amplo, corajoso e, com abertura de espírito, sobre a realidade do mundo contemporâneo.
3. Organização do Concílio. Definiu-se que haveria quatro grandes sessões conciliares e que entre as mesmas haveria um intenso trabalho de leitura e produção do pensamento conciliar, com um acordo sobre o encerramento dos trabalhos em 1965. A língua oficial seria o latim. Esta primeira sessão do Concílio, iniciada em 08 de outubro de 1962, definiu os temas a serem apresentados nas diversas sessões conciliares para debate final e votação e foram organizados os grupos de trabalhos segundo cada tema. Os instrumentos de trabalho seriam enviados a todos os membros do Concílio para receber contribuições. Um ponto a destacar é a representatividade da Igreja, pois os participantes do Concílio procediam de todas as partes do mundo e ainda havia convidados de outras igrejas cristãs e das grandes religiões, demonstração óbvia de grandes mudanças internas na Igreja, no próprio ato de convocar e organizar o Concílio.
Irmão Nery fsc
 

Concílio Vaticano II: Infomações importantes!

O Concílio Vaticano II é um autêntico sinal de Deus




Começo uma série de pequenos artigos sobre os 50 Anos do Concílio Vaticano II (1962-1965) citando alguns parágrafos do Papa Bento XVI num vídeo-mensagem para o Encontro Nacional da Igreja da França em Lourdes com os bispos e 2.500 leigos/as, religiosos/as e presbíteros de todas as dioceses do país.

“O Concílio Vaticano II foi e é autêntico sinal de Deus para os nossos tempos. Se soubermos lê-lo e acolhê-lo dentro da Tradição da Igreja e sob a orientação segura do Magistério, ele será sempre uma grande força para o futuro da Igreja.

Espero sinceramente que este aniversário seja para vós e para toda a Igreja em vosso país, ocasião de renovação espiritual e pastoral. Este, de fato, nos oferece a oportunidade de conhecer melhor os textos, que os Padres conciliares nos deixaram em herança e que não perderam seu valor, a fim de assimilar e assegurar que produzam frutos para hoje.

Essa renovação, que se insere na continuidade, assume diversas formas e o Ano da Fé, que quis propor a toda a Igreja por esta ocasião, deve permitir tornar nossa fé mais consciente, revitalizando nossa adesão ao Evangelho.

Isso requer uma abertura cada dia maior à pessoa de Cristo, sobretudo redescobrindo “o gosto” pela Palavra de Deus, para realizar uma profunda conversão do nosso coração e para andarmos pelas estradas do mundo a proclamar o Evangelho da esperança aos homens e às mulheres do nosso tempo, em diálogo respeitoso com todos.

Que este tempo de graça permita consolidar a comunhão no interior da grande família que é a Igreja católica e contribua na reconstrução da unidade entre todos os cristãos, que era um dos principais objetivos do Concílio.

A renovação da Igreja passa também através do testemunho dado pela vida dos próprios cristãos para que resplandeça a Palavra da verdade que o Senhor nos deixou.

Redescobrir a alegria de acreditar e o entusiasmo de comunicar a força e a beleza da fé é uma questão essencial da nova evangelização à qual toda a Igreja é convidada. Coloquem-se a caminho, sem medo de levar os homens e mulheres de vosso país em direção a amizade com Cristo!

Queridos irmãos e irmãs, que a Virgem Imaculada, Nossa Senhora de Lourdes, que teve um importante papel no mistério da salvação, seja para vós uma luz na estrada que conduz a Cristo e os ajude a crescer na fé” (cf. Zenit, 26/03/2012).

Os documentos do Concílio e o espírito renovador suscitado por ele impulsionaram uma rica primavera na Igreja. Duas características marcaram este período: a possibilidade de uma Igreja de comunhão e participação, a partir da igualdade básica de todos garantida pelo batismo, e um grande entusiasmo no compromisso com a transformação evangélica da sociedade. Como conseqüência houve grandes mudanças quanto à própria compreensão da Igreja em si e de sua missão no mundo contemporâneo, o que exigiu uma volta decisiva à Sagrada Escritura, novos parâmetros para a Teologia, permanente leitura crítica das mudanças vertiginosas do mundo, e busca de meios adequados para se poder atender, como Igreja, às necessidades sempre novas da sociedade.

À luz da fé, como diz Bento XVI, “o Concílio Vaticano II foi e é autêntico sinal de Deus para os nossos tempos” e “será sempre uma grande força para o futuro da Igreja.

Irmão Nery fsc

Psicopedagogia Catequética

Alguns informativos sobre a disciplina!

Psicopedagogia Catequética das Idades



Psicopedagogia Catequética das Idades



Introdução:

O catecismo tem a missão de transmitir às crianças, aos jovens e aos adultos a mensagem do amor, que está na história da salvação, na caminhada do Povo de Deus que começou com Abraão e chega até nós.
Só se pode transmitir a mensagem do amor tendo as atitudes de Jesus. Ele ia ao encontro das pessoas, procurando aceitá-las como eram, aceitando a realidade de cada uma.
Para ter esta mesma atitude de Jesus não é necessário ter muito estudo de pedagogia ou de psicologia, mas apenas um pouco de boa vontade e muito carinho.

O ser humano é um grande dom de Deus

A criança é um grande tesouro que Deus confiou à humanidade porque é uma vida a ser desenvolvida. E cada criança é um ser, diferente de todos os demais.
As necessidades do crescimento da vida de Deus em cada criança estão intimamente entrelaçadas com o desenvolvimento físico, intelectual, social e com o todo da sua personalidade.
O crescimento da criança não acontece em linha reta, mas por períodos, que começam, cada um, por uma ‘Crise’.

Fase Pré-natal

Antes do nascimento. A criança que está na nossa frente já começou a ser aquilo que é, antes de ser dada à luz, no seio da mãe, a partir do encontro da célula reprodutora masculina com a feminina.
Neste período, sobre o feto, aparecem os fatores:
1. Psicológicos: que dependem da situação da mãe. Uma forte tensão emocional, vivida pela mãe durante a gravidez, pode criar na criança uma tendência de ansiedade, de angústia. Influi também sobre a criança que vai nascer, o fato da mãe estar aceitando ou rejeitando a gravidez.
2. Fisiológicos: hereditariedade (as características dos pais, avós...) doenças, medicamentos ou desnutrição da mãe durante a gestação.

Orientações para a Catequese

“Os pais devem acolher o filho em gestação, também com muito amor. Os pais são os primeiros catequistas nesta fase”.


Fase de Zero a 3 anos

 A criança é fortemente concentrada sobre si mesma, devido às suas próprias necessidades.
 Dos 2 a 3 anos a criança começa a descobrir o próprio corpo, se desapega progressivamente da mãe e começa a aprender, através da imitação.

Orientações para a catequese

“Os pais são também, os primeiros catequistas nesta fase. Todo ambiente familiar deverá ajudar na educação da fé da criança”.

Fase dos 4 aos 7 anos

Acontece a primeira “Crise”. A criança se sente limitada pela vontade dos outros e se torna “criança difícil”.
É a fase do egocentrismo, sente-se “dona do mundo”, atraindo para si todas as atenções.

Orientações para a catequese

“O catequista, conhecendo a família sente qual o tratamento que deve dar a cada criança”.
A criança tem facilidade para elevar, habitualmente, o coração a Deus.

Fase dos 7 aos 9 anos

A criança capta tudo o que está ao seu redor. Maravilha-se com a natureza.
O relacionamento com Deus é muito marcado pelos pais.

Orientações para a catequese

“O catequista deve ajudar a criança na interiorização da fé, pois ela já tem capacidade de amar a Jesus e entender o sofrimento em favor das pessoas; é a época de introduzí-la na comunidade paroquial”.
“É uma idade muito importante, pois aqui se forma identidade espiritual da criança”.

Fase dos 9 aos 11 anos

Idade social do jogo, da vivência em grupinhos; entra o sentido da lei, do bem comum e da justiça.



Orientações para a catequese

Nessa época a catequese irá basear-se na História da Salvação. (Encontros, orações, vida, equipes...) Liturgia, tem sede de Deus.

Fase dos 11 aos 13 anos

Pré-Adolescência. Acredita em tudo o que descobre.
O pré-adolescente é inseguro e busca ideal e segurança nos heróis.

Orientações para a catequese

“Nesta fase a catequese apela para o” eu “do adolescente e para o que tem de melhor nele”.
“Surgem às dúvidas de fé e o sentimento de culpa de origem sexual”.

Fase dos 13 aos 17 anos

Adolescência. Tudo gira em torno da personalização.

Orientações para a catequese

O adolescente busca apoio em Deus.
“Nesta fase, o catequista deverá orientar o adolescente para o caminho da doação e do amor”.

Fase dos 17 aos 25 anos

Juventude, crise do fracasso dos inúmeros sonhos da adolescência e o jovem vê pouca coisa nele realizada.
É época da limitação do “eu”: na profissão, no namoro, no casamento e na sociedade.

Orientações para a catequese

“Deve ser uma catequese de engajamento, da vocação cristã do homem no mundo e na Igreja”.
 
Fonte: http://peedivanio.blogspot.com.br/2009/11/psicopedagogia-catequetica-das-idades.html 
 

Educação da fé conforme as idades

A missão evangelizadora da catequese é acima de tudo educação da fé. Em um primeiro momento devemos nos perguntar: É possível educar a fé de alguém? Ou educar alguém para a vida de fé?
Aqui temos duas palavras chaves para a nossa ação evangelizadora de catequista: Educação e Fé. Vamos buscar entender o que significam:

Educação
 
É muito interessante percebemos que a palavra Educação esta ligada com pedagogo, discípulo, instrução, pois fazem parte de um mesmo campo lexical, pois todas têm algo em comum. Há traços sêmicos envolvendo cada um destes vocábulos.
Educação vem do verbo educar. Podemos dizer que educação veio do verbo latim educare. Nele, temos o prevérbio e- e o verbo – ducare,¬ dúcere. No itálico, donde proveio o latim, dúcere se prende à raiz indo-européia DUK-, grau zero da raiz DEUK-,cuja acepção primitiva era levar, conduzir, guiar. Educare, no latim, era um verbo que tinha o sentido de “criar (uma criança), nutrir, fazer crescer. Etimologicamente, poderíamos afirmar que educação, do verbo educar, significa “trazer à luz a idéia”.
Por fé podemos entender genericamente a parir do Latim como fides, e do Grego pistia, sendo traduzida como a firme convicção de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. Em hebraico he’ emîn da raiz aman, indica que crer significa “sentir-se seguro” “confiar em” “apoiar-se em”
Na Sagrada Escritura a fé é entendida como adesão total, que envolve a pessoa toda, “a fé se apresenta como entrega religiosa de toda a pessoa e não simplesmente adesão intelectual ou obediência moral, respondendo à natureza dinâmica, vital e pessoal da Palavra de Deus.”
Podemos perceber, no entanto que a fé de uma pessoa que abraçou a vida cristã, que viveu um processo de conversão não se reduz a uma adesão a verdade dogmáticas apenas; é base de um apelo pessoal de Deus; é um acontecimento que concerne à pessoa toda e lhe permite entrar no universo da aliança; é um encontro primeiro pessoal e depois comunitário com Jesus Cristo, reconhecido como o Deus que vem, que salva e que reúne.
 
Na catequese é preciso pensar em uma educação da fé que seja libertadora, que ajude o catequizando a pensar sobre a vida, a realidade, a cultura, ou seja, uma educação da fé que ajude a pensar problematizando o conhecimento, promovendo assim a autonomia e a formação da consciência crítica. O catequista também não pode ter a pretensão de apenas ser o educador, mas ao mesmo tempo alguém que ajuda o catequizando a fazer a experiência de fé, e ao mesmo tempo também é educa na fé. A educação da fé não acontece sozinho e isolado, mas em comunhão.

Devemos compreender acima de tudo que a fé é dom e graça de Deus, não há podemos limitar apenas ao nível humano, mas constitui uma atitude de fundo que dá sentido e orienta toda a vida. “A fé é um dom de Deus. Pode nascer do íntimo do coração humano somente como fruto da graça prévia e adjuvante e como resposta, completamente livre, à moção do Espírito Santo, que move o coração e o dirige a Deus, dando-lhe suavidade no consentir e crer na verdade”.(DGC, n. 55)

A educação da fé na catequese tem a missão de ajudar no processo de humanização do homem e da mulher sonhando a busca da transformação social. Neste sentido ressaltamos a importância e a necessidade da catequese para as diferentes idades que “é a exigência essencial para a comunidade cristã. Por um lado, de fato, a fé participa do desenvolvimento da pessoa; por outro lado, cada fase da vida é exposta ao desafio da descristianização e deve, acima de tudo, aceitar como um desafio, as tarefas sempre novas da vocação cristã”. (DGC, n.171, DNC, n.180)
 
Pe. Eduardo Calandro
Pe. Jordélio Siles Ledo
 
Fonte:
http://catequeseebiblia.blogspot.com.br/2012/04/necessidade-da-psicopedagogia-na_12.html
 



 

Horários das disciplinas 2° semestre/2012


INSTITUTO BÍBLICO REDEMPTORIS MATER – MACAÉ - 2012/2

QUADRO DE HORÁRIOS DAS DISCIPLINAS

SEGUNDA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Psicopedagogia
catequética
Psicopedagogia catequética
20h10min
Introdução à Sagrada Escritura
Teologia Espiritual



TERÇA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Psicologia das Relações Sociais
Metodologia de pesquisa
20h10min
Introdução à Filosofia
História da Igreja II



QUARTA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Teologia Fundamental e da Revelação
Teologia Fundamental e da Revelação
20h10min
Doutrina social da Igreja
Cristologia II



QUINTA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Escatologia
Escatologia
20h10min
Introdução à Teologia
Direito Canônico II





SÁBADO (Uma vez por mês): Sagrada Escritura – Frei Isidoro (8h às 13h)

Horário das disciplinas para o 2º semestre/2012


INSTITUTO BÍBLICO REDEMPTORIS MATER – MACAÉ - 2012/2

QUADRO DE HORÁRIOS DAS DISCIPLINAS

SEGUNDA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Psicopedagogia
catequética
Psicopedagogia catequética
20h10min
Introdução à Sagrada Escritura
Teologia Espiritual



TERÇA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Psicologia das Relações Sociais
Metodologia de pesquisa
20h10min
Introdução à Filosofia
História da Igreja II



QUARTA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Teologia Fundamental e da Revelação
Teologia Fundamental e da Revelação
20h10min
Doutrina social da Igreja
Cristologia II



QUINTA-FEIRA


1º ano
2º e 3º ano
18h30min
Escatologia
Escatologia
20h10min
Introdução à Teologia
Direito Canônico II




SÁBADO (Uma vez por mês): Sagrada Escritura – Frei Isidoro (8h às 13h)