“Do nascimento até à morte, nossa
vida é um permanente exercício de sociabilidade.”
Gente
gosta de ser bem tratada, notada, admirada…valorizada. Gente conquistada é,
portanto equipe formada. Numa equipe, ninguém deverá ser melhor que ninguém, o
resultado será eficaz de qualquer trabalho coletivo, seja em família, escola e
igreja, principalmente na Catequese.
Na
Catequese poderemos utilizar as dinâmicas, seja em encontros ou retiros, para
isso é preciso planejar! Toda atividade que se desenvolve com um grupo
(reuniões, workshops, grupos de trabalhos, crescimento, treinamento,
plenário/grandes eventos, encontros religiosos, etc.) que objetiva integrar,
desinibir, “quebrar o gelo”, divertir, refletir, aprender, apresentar, promover
o conhecimento, incitar à aprendizagem,
competir e aquecer pode ser denominada Dinâmica de Grupo. Ou seja, ainda, o
simples encontro de pessoas para buscar qualquer objetivo grupal é uma Dinâmica
de Grupo.
Aplicar
uma Dinâmica de Grupo é possibilitar o exercício de uma vivência. É um processo
vivencial, é um momento de laboratório, que pode ir além de um simples “quebra
gelo” a reflexões e aprendizados mais profundos e elaborados.
Os
recursos que serão utilizados e a metodologia para aplicar as atividades que o
grupo vivenciará são inúmeros, desde uma forma de ler um texto, como ouvir uma
música ou assistir um filme, pois, os caminhos serão valiosos na contribuição
da vivência e aprendizagem.
Na
Catequese temos várias idades, e então chegamos a Psicopedagogia Catequética
que tratará das reflexões e vivências conforme as idades, de forma
evangelizadora permanente e continuada.
Outro
ponto, é: quais são os instrumentos necessários para que a catequista
desenvolva seus encontros de forma competente?
A
Psicologia e Pedagogia são aliadas na Catequese, atualmente, é preciso buscar
inovações e estudar muito para que haja maior aproximação entre catequistas e
catequizandos.
A
Teoria do Psicodrama está presente em
muitas Catequeses…
É
preciso saber que o médico romeno Jacob Levy Moreno, foi o criador do
Psicodrama e do Sociodrama, é um exemplo de criatividade e dedicação à
investigação psicológica e social! Este nasceu na Romênia em 1892 e faleceu nos
EUA em 1974. Foi um homem de ampla cultura e forte idéias religiosas e
filosóficas, amante do teatro e incansável investigador do homem e seus
vínculos, deixou-nos uma obra escrita e um movimento psicodramático que abrange
a América, Europa e Ásia.
Em
1925, indo morar no EUA, desenvolveu e sistematizou suas descobertas: a
socionomia. A socionomia se divide em sociometria, sociodinâmica e a sociatria.
A socionomia é o estudo do grupo e suas relações. A sociometria visa medir as
relações entre os membros do grupo, evidenciando as preferências e evitações
presentes nas relações grupais. Utiliza como método o teste sociométrico. A
sociodinâmica se interessa pela dinâmica do grupo e utiliza como método o role-playing
ou jogo de papéis. Já a sociatria busca tratar as relações grupais e utiliza
três métodos: o sociodrama, a psicoterapia de grupo e o famoso Psicodrama.
Com a
leitura de suas obras, muitos autores declaram que o psicodrama possui um
grande conteúdo emocional e uma audácia renovadora, pois surgiu como uma nova e
dinâmica linha de investigação para o conhecimento e terapia dos conflitos
psicológicos. Para o surgimento desta teoria, Moreno desafiou críticas, rompeu
com o movimento médico da sua época, atacando os valores oficiais caducos,
vazios e falsos, conseguindo desenvolver uma teoria baseada numa concepção do
homem e da saúde que têm como núcleo a espontaneidade, o otimismo sobre o vital,
o amor, a catarse e os papéis que o Eu do indivíduo vai formando. Esta busca
pelo reencontro dos verdadeiros valores éticos, religiosos e culturais em uma
forma dramática espontânea, (mais tarde, denominado como desenvolvimento do
Axiodrama) foi o primeiro conteúdo do Psicodrama.
Segundo,
Dom Eugênio Rixen, Bispo de Goiás – GO e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para Animação Bíblico – Catequética – CNBB, a Catequese tem como proposta
orientar não só a fé, mais também a afetividade, a liberdade e a própria
sexualidade sem perder de vista as orientações da Igreja.
Para
que a nossa Catequese seja dinâmica, animada, agradavél, ludica, despertadora e
construtora devemos ir à busca de conhecimentos e formação...
E
então retornamos as Dinâmicas...
Ao
buscar as dinâmicas para os nossos encontros deveremos ficar atentos com a maturidade,
idade, ambiente, tema e os objetivos!
Feito
isso..
Selecionem
suas dinâmicas e mãos às obras!
Gicélia Santos Germano
Fonte:
·
Jogos,
dinâmicas e vivências grupais, Albigenor e Rose Militão
·
CALANDRO
Eduardo, Jordélio Siles Ledo: Psicopedagogia Catequética – reflexões e
vivências para a Catequese conforme as idades, vol. 2: Adolescentes e jovens –
São Paulo: Paulus 2010
- OSÓRIO, Luiz Carlos. Grupos : teoria e prática : acessando a era da grupalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 210p.
- GRUPOTERAPIA
hoje. Porto Alegre: Artes Medicas, 1986. 358p.